Eu realmente ando meio preguiçoso, mas vamos lá. O jogo da vez é o “Divinity: Original Sin”, desenvolvido e publicado pela Larian Studios. Um jogo tipo RPG-Turn Based lançado no ano de 2014 para PC.
Como sempre esse review pode conter spoilers sobre o jogo e sua história, assim como dicas e tutoriais, caso não queria ler spoilers use o procurar do navegador para chegar no ponto que deseja.
Divinity é um que foi chamado de sucessor do “Vampire: The Masquerade” em questões de mecânicas baseadas em RPG de Mesa. Isso quer dizer que o jogador vai ter dezenas de possíveis combinações para fazer durante o jogo, mas sempre tendo que tomar cuidado, pois uma escolha de pontuação incorreta pode levar a problemas em algumas partes do jogo.
O jogador tem como opção algumas classes iniciais como Warrior, Cleric, BattleMage, Wizard, Rogue e algumas outras. Caso, não jogue no modo multiplayer, o jogador terá disponíveis dois personagens para criar, o que limita razoavelmente as opções do jogador.
O processo de criação é simples, não há muitas opções de rosto ou de personalidades, só é necessário pensar bem, pois cada ponto afeta um status e como você vai poder fazer as coisas nesse jogo.
Terminando de criar seu personagem, há uma pequena introdução da história, onde o jogador tem a opção de fazer, ou não, o tutorial do jogo. Aconselho aos jogares de primeira viagem fazerem o tutorial, não demora mais do que 15(quinze) minutos para ser realizado, e explica boa parte das mecânicas do jogo.
Os gráficos do jogo são relativamente simples, sua câmera é em terceira pessoa vista de cima. Essa câmera é boa para jogos com gráficos mais simples, o que deixa o jogo mais leve, mas não necessariamente agrada os jogares fãs de “high quality graphic”.
O grande “plus” desse jogo é sua jogabilidade, esta é bem simplificada na interação com o jogador, basicamente, clique para andar para um lugar e clique para interagir com um objeto.
Técnicas e Scrolls podem ser colocados na barra de acesso rápido para utilizar nas batalhas e fora delas (essa é uma das partes legais). As técnicas como citado anteriormente podem ser utilizadas fora da batalha, e isso é importante, pois algumas missões, você precisa realizar ações especificar que sem um tipo X de magia ou habilidade é impossível.
Esse jogo como todos os outros RPGs tem a característica de ter missões por todo mapa, não somente a principal, o que pode fazer com que o jogador esqueça qual a missão principal e nunca mais volte (Aconteceu muito em Skyrim). O problema é que os inimigos não são balanceados para seu nível, ou seja, do lado da primeira cidade, vai ter um orc lv 15, e é altamente provável que o jogador comece a batalha com ele para miseravelmente morrer em seguida, pois você não é forte o suficiente. (Isso aconteceu comigo, e vai acontecer com muita gente).
Como todo bom RPG, o que na verdade afeta seu dano, vida, resistência são os equipamentos, ou seja, demora um quantidade de tempo considerável para evoluir de nível.
Devo dizer que não posso falar muito da história, não segui muito ou li para entender o que ela realmente queria dizer, mas aparentemente, o jogador é uma espécie de mercenário enviado para descobrir a morte de um nobre em uma cidade sendo atacada por Orcs e descobre que ele ter o poder de mudar o destino.
Não há uma profundidade no lore, mas ele é o suficiente para lhe dar motivos para matar o que tem que matar.
Outra mecânica interessante é a resolução de conflito, que é baseada em jogos de Jankenpo o que leva a ser um jogo de sorte até certo ponto. O problema é quando há conflitos entre as decisões dos personagens que interagem entre eles com o passar do tempo. Um ótimo exemplo, dado pelo pessoal do “Games on the Rocks” em seu podcast, é quando o jogador tem duas opções para passar da fase, uma com stealth e outra matando todos. Mesmo escolhendo a opção Stealth, um dos personagens pode discordar e querer matar todos, o que inicia um conflito. Caso, não haja exito no Jankenpo, o jogador terá que fazer a decisão vitoriosa.
Algumas dicas que posso repassar:
– Sempre verifique a durabilidade das suas armas, antes de uma batalha, caso estivar com menos de 20%, não inicie uma batalha sem consertar ou trocar;
– Evite usar os Scrolls, eles são uteis para diversas situações na qual você não tem muita opção;
– Sempre verifique o que tem a venda na cidade, em todas as pessoas, em todos os lugares, afinal isso é um RPG;
– Ande devagar, esse jogo lhe oferece diversas formas de fazer as coisas, então é sempre bom ir devagar para ver se tem uma forma melhor de fazer o que você precisa na hora;
– Escolha suas habilidades, perks e pontos com cuidado, nem sempre mais dano é melhor, nunca se esqueça que você pode perder por um ponto em uma briga de carisma;
– Preste atenção no que os npc falam, muitas vezes é porcaria, mas as vezes tem a dica para você completar o puzzle na dungeon X;
– More Money = More Happy = Less Headache.
– Por mais que ter duas classes mágicas pareça legal, você ainda vai ser papel, nunca se esqueça disso.
– Você pode usar magias de cura fora da batalha, isso é importante para passar de algumas partes com veneno e armadilhas sem usar scrolls.
Todas as imagens foram retiradas do site oficial do jogo. http://www.divinityoriginalsin.com/